top of page

Quadrilha Junina

Para alguns teóricos, a quadrilha possui origem francesa (quadrille), de origem aristocrática, nos salões franceses e que se espalhou por toda Europa. Para outros, a quadrilha é de origem inglesa, onde camponeses dançavam o country dance, realizando velhos rituais pagãos. Com a Guerra dos Cem Anos, entre Inglaterra e França, houve a transferência cultural: o que antes era chamado de country dance, passou a ser chamado de contredance.


Foi introduzida no Brasil no século XIX pela corte portuguesa. Estas danças acontecem, geralmente, no mês de junho, durante as chamadas Festas Juninas. Aqui precisamos esclarecer duas possibilidades para tal nome: a primeira, refere-se ao fato de que tais festas eram realizadas durante o solstício de verão (o dia mais longo do ano), no mês de junho, onde eram celebradas as boas colheitas; a segunda possibilidade, de origem cristã, diz que como forma de controle, a igreja católica insere essa festa no calendário cristão, onde o nome junino passa a ter referência ao nascimento de São João - 24 de junho (FERNANDES; BRATIFISCHE, 2014).


Mantendo traços de sua origem francesa, até os dias de hoje alguns comandos/passos da dança são realizados em francês, como por exemplo: balancê (balançar/dançar); tur (girar); anavan (a frente); returnê (voltar).


Hoje em dia, a festa e a dança são realizadas em diferentes locais e regiões do Brasil, sendo uma festa já inserida no calendário acadêmico das escolas. Geralmente as coreografias são realizadas com a vestimenta caricata do "caipira brasileiro”: homens usando botina, calça e camisa com remendos, chapéu de palha e, alguns até pintam os dentes fazendo alusão à falta de higiene difundida por personagens como o Jeca Tatu; as mulheres usam vestidos com estampas coloridas, tranças nos cabelos, botas ou botinas, e pintinhas no rosto.


Fora a quadrilha escolar, temos, em todo o Brasil, grupos de quadrilha junina que realizam verdadeiros espetáculos. As chamadas Quadrilhas Estilizadas são grupos que utilizam vestimentas que saem do padrão caipira, e incrementam passos artísticos e, em alguns casos, até acrobáticos.


 

Referências:


FERNANDES, Rita de Cassia; BRATIFISCHE, Sandra Aparecida. Possibilidades pedagógicas das danças folclóricas: o gesto ressignificado nas aulas de Educação Física escolar. In.: EHRENBERG, Mônica de Caldas; FERNANDES, Rita de Cassia; BRATIFISCHE, Sandra Aparecida (Orgs.). Dança e educação física: diálogos possíveis. 1. ed. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2014.


CANAL DO MÁRCIO ANTÔNIO AGUIAR. Quadrilha Chapéu Do Vovô Campeã Nacional Do Arraia Brasil 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=s_0fppZmXjQ

Comments


bottom of page