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Pular corda

De todas as brincadeiras tradicionais, a mais simples e que, de certa forma, esteve presente na vida da maioria das pessoas, sejam elas moradoras de centros urbanos ou zonas rurais, foi a brincadeira de pular corda.


Por se tratar de uma brincadeira simples, que precisa de apenas uma corda, pode ser realizada de forma individual, em duplas, trios, quartetos, grupos... ou seja, todos podem brincar!


Não há nenhum documento que afirme a origem dessa brincadeira. Entretanto, sabe-se que na Europa, desde o século XVII, a brincadeira já era realizada. A International Rope Skipping Federation diz que por volta do ano de 1600, na Holanda, a brincadeira de pular corda (Rope Skipping ou Jump Rope) surgiu e, a partir da colonização nas Américas, a prática chegou no continente americano.


No ano de 1815, o artista alemão Friedrich August Mottu, fez uma crítica à rápida ascensão de Napoleão Bonaparte, utilizando a brincadeira de pular corda como uma analogia ao "salto imperial". A partir dessa imagem, podemos considerar que na Europa, durante os anos 1700/1800, a brincadeira já era conhecida e realizada.



No ano de 1941, o artista brasileiro Cândido Portinari fez o esboço Jogos Infantis, onde o autor retrata, dentre as brincadeiras, o pular corda.



O objetivo da brincadeira é um só: girar (bater) a corda de forma que ela passe abaixo do pé e acima da cabeça de quem está pulando. O objetivo de quem pula é ficar mais tempo ou pular mais vezes.


Ao longo dos anos, algumas canções foram criadas, pelos próprios brincantes, para dar comandos à quem pula, na intenção de tornar a brincadeira mais divertida e mais difícil. Duas dessas canções estão abaixo:


Um homem bateu em minha porta E eu, abri! Senhoras e senhores, ponha a mão no chão; Senhoras e senhores, pule de um pé só; Senhoras e senhores, dê uma rodadinha; E vá... pro olho... da rua!

Salada, saladinha, bem temperadinha, com sal, pimenta... fogo, foguinho

Na primeira canção, o objetivo de quem pula é realizar os comandos da música: "ponha a mão no chão", quem está pulando deverá, entre um salto e outro, encostar uma das mãos no chão; "pule de um pé só", quem pula deverá realizar o salto de um pé só; "dê uma rodadinha", entre um salto e outro, o brincante deverá dar uma volta sobre si mesmo; "E vá... pro olho... da rua!", o brincante deverá sair da corda sem que ela encoste em seu corpo.


Na segunda canção, sempre que a música chega na palavra "foguinho", a velocidade da corda irá aumentar, até que quem está pulando não consiga mais acompanhar a velocidade.


 

Referências:


Rope Skipping History. International Rope Skipping Federation, s.d. Disponível em: http://fisac2020.weebly.com/rope-skipping-history.html

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