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Ginásticas

Provavelmente, uma das primeiras imagens que nos vem à mente quando pensamos em Ginástica, é a ginástica enquanto prática esportiva, realizada nas competições mundiais e olímpicas, com saltos incríveis, movimentos sobre-humanos e postura corporal totalmente alinhada. Mas será que a Ginástica é “só” isso?


Pensar a Ginástica a partir de uma fundamentação crítico-superadora e histórico-crítica, nos leva a refletir os diferentes momentos históricos dessa temática, e suas várias transformações.


Se analisarmos os fundamentos básicos da ginástica (saltar, equilibrar, rolar/girar, trepar, e balançar/embalar), conseguimos perceber que esses movimentos estão ligados, de certa forma, às necessidades básicas de sobrevivência do ser humano, vividas e transformadas desde a pré-história, quando era necessário correr, caçar, lutar, escalar e saltar, por exemplo.


Com a associação, combinação e sistematização desses movimentos basilares, é que surgem as diferentes modalidades ginásticas que conhecemos hoje, como a Ginástica Artística, Rítmica, Acrobática, Aeróbica, Calistênica, de Trampolim, Ginástica para Todos, Ginástica Natural, Ginásticas de Academia, e Ginásticas de Conscientização Corporal.


Andrade, Cardoso e Carneiro (2023, p. 3), ao se esforçarem em produzir um texto que apresentasse “aos estudantes do Ensino Médio os conceitos, pressupostos e principais manifestações da Cultura Corporal”, sistematizaram um quadro com algumas das várias modalidades e estilos de Ginásticas presentes no mundo, fruto das transformações e criações culturais de cada sociedade:


Fonte: Imagem retirada do texto Para entender a cultura corporal: uma introdução para estudantes de ensino médio (Andrade; Cardoso; Carneiro, 2023, p. 12)


Pode-se entender a ginástica como uma forma particular de exercitação onde, com ou sem uso de aparelhos, se abre a possibilidade de atividades que provocam valiosas experiências corporais, enriquecedoras da cultura corporal das crianças, em particular, e do homem, em geral (COLETIVO DE AUTORES, 2012, p. 76)

Entendendo que a formação das várias modalidades e tipos de ginásticas são construções e transformações, a partir de objetivos e contextos históricos próprios, possibilitar a vivência dos alunos das variadas formas de ginásticas, provocam valiosas experiências corporais, enriquecedoras da cultura corporal.


Além disso, a presença da ginástica nas aulas de educação física escolar se faz legítima na medida em que permite ao aluno a interpretação subjetiva das atividades ginásticas, através de um espaço amplo de liberdade para vivenciar suas próprias ações corporais, ao mesmo tempo em que permite ações em grupo, criando um espaço aberto à colaboração entre os alunos (COLETIVO DE AUTORES, 2012).


 

Referências:


ANDRADE, Leonardo Carlos de; CARDOSO, Gabriel Garcia Borges; CARNEIRO, Fernando Henrique Silva. Para entender a cultura corporal: uma introdução para estudantes de ensino médio. Motrivivência, v. 35, n. 66, p. 01-22, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2023.e94901 .


COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Editora Cortez, 2012.

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