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Ginástica Rítmica

De forma bastante resumida, a Ginástica Rítmica pode ser definida como uma modalidade de ginástica em que as ginastas (prova exclusivamente feminina) fazem apresentações com objetos, chamados de aparelhos, para avaliação de árbitros.


Sua origem, como apresenta Freitas e Barreto (2016), no século XIX, ocorre quando a música foi acrescentada aos exercícios de ginástica das escolas suecas (com rotinas livres) e alemã (com aparelhos).


Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Federação Internacional de Ginástica (FIG), o crédito pela invenção da ginástica rítmica vai para o educador sueco Per Henrik Ling, que desenvolveu um sistema de exercícios que concentrava-se na combinação harmoniosa de movimento físico e música, que lançou as bases para o desenvolvimento da ginástica rítmica.


No entanto, foi o dançarino e ginasta húngaro Emile Jacques-Dalcroze quem primeiro incorporou a dança e a música à prática da ginástica no início do século XX. A abordagem de Jacques-Dalcroze, conhecida como euritmia, usava a música como uma forma de expressar e aprimorar os movimentos.


Com a evolução dos movimentos e complexidade das coreografias, o interesse pela prática foi aumentando, o público cresceu e novas competições surgiram, principalmente em países do Leste Europeu - A União Soviética, desde 1948, realizava campeonatos. 


Em 1962 a modalidade passa a ser reconhecida como esporte e, apenas em 1984, em Los Angeles, com o nome de Ginástica Rítmica Desportiva (GRD), a modalidade é incluída no programa olímpico. A partir de 2000 a modalidade passou a se chamar Ginástica Rítmica (GR).


As ginastas apresentam suas coreografias sobre um tablado de madeira coberto com carpete. Sua dimensão é de 13 metros por 13 metros, e toda sua extensão deve ser usada durante as apresentações.


(FREITAS; BARRETO, 2016, p. 87)

Os exercícios/coreografia realizados no tablado são feitos ao som de uma música, com a utilização de aparelhos: bola, maças, fita, arco e corda.


As competições podem ser realizadas de forma individual ou em conjunto/grupos.


Nas competições individuais, as atletas têm entre 1min15s e 1min30s para completar cada apresentação, enquanto nas competições em conjunto/grupo tempo de apresentação é de 2min15s até 2min30s.


Os aparelhos, durante as coreografias, devem ser mantidos em constante movimento. Não há restrição para uso de cores, que podem ser douradas ou cintilantes.


A Bola é considerada o aparelho mais fácil. Os movimentos devem ser suaves e equilibrados, com quiques, lançamentos e rolamentos. A bola deve ter circunferência entre 18 centímetros e 20 centímetros, 400 gramas e ser feita de borracha ou material sintético similar.



As Maças são os aparelhos que exigem maior habilidade das ginastas. São dois bastões que serão manuseados simultaneamente, desenhando molinetes, movimentos assimétricos, batidas, rotações e lançamentos. Devem ter comprimento entre 40 e 50 centímetros, e cada bastão deve pesar 150 gramas. Devem ser feitos de madeira, borracha ou material sintético similar.



A Fita é um aparelho composto por uma fita de cetim presa a um estilete, como um bastão. Com ele as ginastas criam imagens no ar, podendo realizar escapadas, espirais e movimentos em bumerangue. O comprimento máximo da fita é de 6 metros, enquanto o estilete deve ter entre 50 e 60 centímetros. A fita pesa aproximadamente 35 gramas e é feita de cetim. O estilete pode ser feito de madeira, plástico ou fibra de vidro.



O Arco, aparelho que se assemelha com o tradicional bambolê, deve ser girado em torno do corpo da ginasta, que também pode fazer lançamentos e executar rolamentos, rotações e passagens pelo corpo. Deve ter diâmetro entre 80 e 90 centímetros e ter peso mínimo de 300 gramas. Geralmente são feitos de plástico rígido, enrolados com uma fita colorida.



A Corda não pode ter suporte para as mãos e seu comprimento deve ser proporcional à altura da ginasta. As apresentações devem ter os seguintes movimentos: saltitos e saltos, movimentos em 8, velas, espirais e escapadas da ponta da corda. São feitas de fibra vegetal ou material sintético similar.



Assim como na ginástica artística, as performances na ginástica rítmica são avaliadas por juízes, que avaliam o desempenho e atribuem uma nota de dificuldade (D) e uma nota de execução (E), que são combinadas para dar a nota final da rotina. O Código de Pontos é renovado após cada Olimpíada.


A pontuação D é baseada em cada elemento da performance, incluindo saltos e uso de aparelhos. A pontuação de dificuldade é ilimitada.


A pontuação E é baseada em quão bem a rotina foi executada pelo indivíduo ou pelo grupo. Este tem um valor inicial de 10 pontos. O número final é uma média das três pontuações concedidas pelos juízes.


As pontuações D e E são combinadas nesta fase, dando uma pontuação final. Então, quaisquer deduções por penalidades são retiradas. A lista de deduções instantâneas é incrivelmente longa e complexa na ginástica rítmica. As competidoras podem ser penalizadas por qualquer coisa, desde quebrar o aparelho, o tempo gasto e até por pousarem pesadamente em seus pés.


 

Referências:


COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL. Ginástica Rítmica. Disponível em: https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/esportes/ginastica-ritmica/


FEDERATION INTERNATIONALE DE GYMNASTIQUE. Rhythmic Gymnastics: History. Disponível em: https://www.gymnastics.sport/site/pages/disciplines/rg-history.php


FREITAS, Armando; BARRETO, Marcelo. Almanaque Olímpico. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2016.


OLYMPICS. Ginástica Rítmica. Disponível em: https://olympics.com/pt/esportes/ginastica-ritmica/


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