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Dança do Pau-de-Fita

A Dança do Pau-de-fita é uma dança que, segundo Cascudo (2012), foi trazida ao continente americano por espanhóis e portugueses, que ocorre, em formato circular/em roda, ao redor de um mastro de madeira.


Segundo Freitag (1969), o Pau-de-fita é comum em toda região Sul do Brasil, sendo uma dança universal "em que há um mastro com fitas pendentes, trançadas durante a dança pelos participantes " (Freitag, 1969, p. 364).


Côrtez e Lessa (1955) apresentam que "Nas noites que antecedem ao dia dos Reis, os envolvidos na dança, vão de casa em casa, relembrando em cantigas o nascimento de Jesus e, ao mesmo tempo, fazendo convites e angariando contribuições para a grande festa de Reis, realizada no dia 6 de Janeiro". Antes do início da dança, os integrantes do grupo pedem permissão para os donos da casa, para que possam dançar em seu quintal/terreiro.


O mastro utilizado na dança possui, aproximadamente, três metros de altura, e as fitas coloridas, presas na sua parte superior, possuem, aproximadamente, quatro metros de comprimento e de quatro a cinco centímetros de largura. Esse mastro, originalmente, era segurado por um integrante do grupo, enquanto o restante realizava os movimentos coreográficos ao redor. Entretanto, atualmente, existem mastros fixos e móveis com suportes.


Os dançarinos, segurando sua fita, executam movimentos coreografados, girando e cruzando as fitas em torno do mastro enquanto dançam ao seu redor. Os movimentos são ritmados e coordenados, com os dançantes realizando passos, saltos e giros em harmonia. À medida que se movimentam ao redor do mastro, as fitas se entrelaçam, criando belos padrões coloridos no ar.



 

Referências:


BEATRIZ, Paulo Emílio. Pau-defita. Imagem CNFCP acervo, 1973. Disponível em: www.cnfcp.gov.br/tesauro/objetos/I0010918.JPG


CASCUDO, Luís Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 12. ed. São Paulo: Global, 2012.


CÔRTES, JC Paixão; LESSA, Luís Carlos Barbosa. Manual de danças gaúchas. Irmãos Vitale, 1955.


FREITAG, Léa Vinocur. Influências ibéricas no folclore brasileiro. Revista de História, São Paulo, v. 38, n. 78, p. 353–382, 1969. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/128788

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