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O que é "Cultura Corporal"?

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A concepção “cultura corporal” surge em meados do final da década de 1980, início de 1990, quando um coletivo de professores de Educação Física (Carmem Lúcia Soares, Celi Taffarel, Elizabeth Varjal, Lino Castellani Filho, Micheli Escobar e Valter Bracht) publicam, em 1992, o livro “Metodologia do Ensino de Educação Física” (COLETIVO DE AUTORES, 2012), propondo uma nova forma de se estudar e ensinar a Educação Física escolar: a metodologia crítico-superadora.

Essa metodologia apresenta que a Educação Física escolar deve ter como objetivo possibilitar que os alunos, sejam elas crianças, jovens e/ou adultos, desenvolvam reflexões pedagógicas sobre a cultura corporal.

Busca desenvolver uma reflexão pedagógica sobre o acervo de formas de representação do mundo que o homem tem produzido no decorrer da história, exteriorizadas pela expressão corporal: jogos, danças, lutas, exercícios ginásticos, esporte, malabarismo, mímica e outros, que podem ser identificado como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem, historicamente criadas e culturalmente desenvolvidas (COLETIVO DE AUTORES, 2012, p. 39).

Segundo os autores, a cultura corporal é o conjunto de representações do mundo, produzidas pela humanidade ao longo de sua história, exteriorizadas pela expressão corporal. Dentre essas representações podemos citar os jogos, as danças, as artes circenses, a mímica, e os vários esportes existentes pelo mundo. Todos esses elementos são, segundo o Coletivo de Autores (2012), formas de representação simbólica, das diferentes realidades vividas pela humanidade, que historicamente são construídas, transformadas e desenvolvidas.

Para uma aprofundação nas bases teórico-metodológicas que dialogam com esse conceito, sugerimos a leitura da série Rascunhos por uma Educação Física histórica e crítica.

O Almanaque da Cultura Corporal

O uso crescente das chamadas redes sociais digitais, paralelamente à líderes estatais genocidas e anticientíficos, ocasionou, entre 2020 e 2022, um enorme efeito de divulgação e criação das chamadas Fake News: informações falsas que são disseminadas em forma de notícias, muitas vezes de maneira sensacionalista

Em forma de luta e resistência, professores, cientistas e pesquisadores iniciaram um trabalho de “ocupação” do espaço virtual, numa tentativa de combater as Fake News, usando a internet, as redes sociais digitais, mídias e novas tecnologias para a divulgação da ciência. 

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Como parte desse movimento, compreendendo a alta popularidade do Instagram, e em forma de luta contra o obscurantismo e o negacionismo que ficou escancarado nos último anos, o perfil Almanaque da Cultura Corporal surge com o intuito de apresentar à comunidade os diversos elementos que compõem a cultura corporal, assim como outros conteúdos que perpassam esse eixo norteador, mostrando um pouco de sua história e de suas principais características, usando as possibilidades que a plataforma nos oferece para produzir e divulgar ciência acessível a todos aqueles que se interessam pelos conteúdos. Além disso, temos a intenção de atuar em conjunto com outras páginas, perfis, professores e pesquisadores, sendo um meio de divulgação de assuntos relacionados à educação física, como por exemplo: de eventos científicos, periódicos, publicações, filmes, podcasts, livros, entrevistas etc.

Para nós, é imprescindível afirmar que, ao nos propormos a criar um “Almanaque da Cultura Corporal” precisamos compreender que o conceito de cultura corporal carrega, por si só, um enorme arcabouço teórico, um esforço de um coletivo de professores (e de autores) para sistematizar aquela que seria a primeira obra, em livro, a apresentar uma metodologia para a educação física escolar fundamentada nas bases do materialismo histórico-dialético, da pedagogia histórico-crítica e da pedagogia libertadora.


Diante disso, assumimos que nosso objetivo com a criação desse espaço virtual é o de ser uma extensão para divulgação dos nossos estudos, reflexões, pesquisas e planejamentos.

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Gabriel Garcia Borges Cardoso

Professor de Educação Física escolar;

Licenciado em Educação Física pela Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás (ESEFFEGO), Universidade Estadual de Goiás (UEG);

Especialista em Educação Física escolar pela Faculdade de Educação Física e Dança (FEFD), Universidade Federal de Goiás (UFG);

Especialista em Mídias na Educação pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

Currículo Lattes

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